A blogueira e suposta pescadora Maiara Tavares, mais conhecida como ‘Sereia do Igarapé’ e que recebe até R$ 3.800 do seguro defeso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por pura coincidência carrega o sobrenome do vereador Carlos Tavares (MDB), o sexto mais votado nas eleições municipais de 2020.
Um detalhe, o vereador também é presidente da Associação de Pescadores do Careiro Castanho e provavelmente pode ter dado uma carteira de pescadora para a Sereia, que possivelmente nunca pegou numa vara de pescar, como profissional.
Falando ao portal Correio da Amazônia, o presidente do Sindicato da categoria na mesma região, David Uchôa, diz que no Careiro existem Sindicato, Associação e duas Colônias, todos com inúmeros associados e com suas administrações distintas e independentes e, que não tinha conhecimento do contato dos seus devidos presidentes.
O portal também procurou pelo vereador e presidente da Associação, Carlos Tavares (MDB). Sem sucesso. Nem mesmo a Câmara de Vereadores possui um número de telefone.
Casa de Caba
Falar sobre as verbas enviadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para o benefício dos pescadores profissionais, o seguro pescador, o seguro defeso, é quase que mexer em ‘casa de caba’ (maribondo).
Ninguém quer falar, ‘ninguém sabe o telefone de ninguém’, mesmo sabendo que essas organizações trabalhistas tem sido denunciadas inúmeras vezes por pescadores como sendo ‘comitês eleitorais’ de políticos locais e estadual e, que o seguro defeso tem sido usado como barganha para ganhar votos.
Perfil fora do Ar
Quanto a Sereia do Igarapé (Maiara Tavares), ela desativou o seu perfil de Instagram, com fotos ousadas e selfies na beira do rio, logo depois que seus ganhos como suposta pescadora vazaram na mídia.
Entretanto, a Sereia continua inscrita como pescadora no Ministério da Agricultura e recebendo tranquilamente o ‘seguro defeso’, que deveria ser destinado a pais de família, que realmente dependem da pesca para a sua sobrevivência.